Será que você escolhe o que come? O impacto da propaganda na sua alimentação
- Comunicação Favela In
- 16 de set.
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A publicidade, como uma prática organizada, surgiu no final do século XIX e início do século XX, acompanhando a expansão dos meios de comunicação de massa. Diferente da simples comunicação, a publicidade é um conjunto de técnicas voltadas a divulgar produtos, serviços ou ideias com o objetivo de influenciar o público e atingir metas comerciais (SEVERINO; GOMES; VICENTINI, 2020). O marketing, por outro lado, é um campo mais amplo que planeja e organiza essas ações, estudando o comportamento do consumidor e criando formas de moldar desejos e necessidades. Atualmente, com a onipresença do marketing digital, a publicidade se tornou ainda mais apelativa, usando cores vibrantes, narrativas emocionais e estratégias direcionadas para induzir o consumo (SANTOS, 2021). Um exemplo claro disso pode ser visto nas transmissões de jogos de futebol, onde comerciais de casas de apostas e cerveja são veiculados com elementos apelativos, como modelos e festas, associando os produtos a lazer e status social.
Essa mesma lógica de marketing, quando aplicada a produtos alimentares, pode gerar impactos profundos, principalmente em relação aos alimentos ultraprocessados. A publicidade transforma produtos de baixo valor nutricional em itens altamente desejados, especialmente por crianças e adolescentes. O marketing cria vínculos emocionais e hábitos que se perpetuam por gerações, influenciando desde a escolha do lanche escolar até a rotina alimentar familiar (DELFINO et al., 2020; EMOND et al., 2018). Assim, entender a história e o poder atual da publicidade é fundamental para analisar como ela molda nossas práticas alimentares e, consequentemente, impacta a saúde da população.
Ultraprocessados, hábitos alimentares e impactos na saúde
Os alimentos ultraprocessados são formulações industriais que passam por diversas etapas de processamento e recebem grande quantidade de aditivos, como corantes, aromatizantes, conservantes e realçadores de sabor. Fazem parte dessa categoria produtos como refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos, macarrão instantâneo, embutidos, bolos prontos e congelados de preparo rápido. Sua praticidade e baixo custo, aliados a estratégias intensivas de marketing, favorecem o consumo em larga escala, sobretudo em contextos de vulnerabilidade social, como nas favelas. Segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2014), esses produtos são projetados para serem hiperpalatáveis e de fácil consumo, mas apresentam baixo valor nutricional, com excesso de açúcar, sódio e gorduras de má qualidade.
Quando introduzidos na infância, esses alimentos influenciam a formação do paladar e dos hábitos alimentares, favorecendo padrões que tendem a se manter ao longo da vida e dificultando a adesão a práticas mais saudáveis no futuro (SMITH et al., 2019). Nessa etapa da vida, a ingestão adequada de nutrientes é fundamental para o crescimento, o desenvolvimento cognitivo e a prevenção de deficiências nutricionais, fatores diretamente comprometidos quando a dieta é dominada por ultraprocessados. Esse ciclo ultrapassa o âmbito individual e se estende ao coletivo.
O consumo frequente de ultraprocessados têm efeitos preocupantes para a saúde coletiva. Pesquisas apontam sua associação com o aumento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes tipo 2, hipertensão e alguns tipos de câncer (WHO, 2003; SILVA; DUARTE; OLIVEIRA, 2020). Com isso, a alta prevalência de consumo de ultraprocessados agrava desafios da saúde pública brasileira e intensifica desigualdades sociais, uma vez que a população em situação de vulnerabilidade é a mais exposta a esses produtos e a seus efeitos nocivos. Dessa maneira, se consolida um modelo alimentar que fragiliza a saúde, atravessa gerações e afeta diferentes grupos sociais de forma desigual.
Importante reconhecer que existe um privilégio enorme em poder escolher o que comer. Enquanto alguns decidem entre pão integral e tapioca, outros precisam optar entre pagar o gás ou colocar comida na mesa. No Brasil, cerca de 70,3 milhões de pessoas vivem algum grau de insegurança alimentar (ONU, 2020-2022). Isso significa que milhões de famílias não têm a garantia de se alimentar todos os dias e, quando conseguem, muitas vezes a escolha não é entre opções saudáveis, mas entre o que é mais barato e acessível.
Um pacote de biscoito em geral custa menos que um quilo de maçã. Um refrigerante de 2 litros sai mais em conta que 1 litro de leite. O macarrão instantâneo deixa “saciado” com poucos reais, enquanto verduras e proteínas somem rápido do orçamento. Esse cenário mostra que a obesidade e outras doenças relacionadas à má alimentação não podem ser explicadas apenas por “falta de força de vontade”. Para quem vive em insegurança alimentar, a prioridade imediata não é estar bem nutrido, mas simplesmente estar alimentado.
Por isso, reconhecer os privilégios de quem pode escolher e, ao mesmo tempo, acolher e respeitar quem enfrenta dificuldades, é essencial para pensar políticas públicas e estratégias comunitárias mais justas.
O papel da publicidade na alimentação
A publicidade exerce um papel central na forma como nos alimentamos. As estratégias utilizadas vão além da simples divulgação, constroem narrativas que associam esses produtos à felicidade, praticidade, status e até mesmo saúde. Campanhas coloridas, jingles marcantes, personagens infantis e a presença constante de influenciadores digitais são ferramentas que criam uma atmosfera de desejo em torno dos alimentos (SILVA; DUARTE; OLIVEIRA, 2020).
No caso das crianças, o apelo é ainda mais intenso. Pesquisas mostram que a exposição a propagandas televisivas de cereais e fast-food aumenta significativamente o consumo desses produtos entre os mais novos (DELFINO et al., 2020; EMOND et al., 2018). Já entre adolescentes, o marketing digital, com memes, hashtags e promoções exclusivas, reforça a ideia de pertencimento a grupos sociais por meio do consumo de determinadas marcas (KELLY et al., 2019).
Um exemplo emblemático dessa relação entre publicidade, consumo e saúde pode ser visto no documentário Super Size Me (2004), de Morgan Spurlock. Nele, o diretor se alimenta exclusivamente de fast-food por 30 dias, revelando de forma prática e visível os efeitos nocivos desse padrão alimentar sobre o corpo. O filme também denuncia o papel das estratégias de marketing das grandes redes de fast-food, que promovem seus produtos como convenientes, acessíveis e até “divertidos”. Entre essas estratégias, destaca-se a prática de oferecer porções muito maiores por um valor adicional pequeno, como “ganhe o gigante por apenas 10 centavos”, incentivando escolhas de maior quantidade e caloria sob a falsa percepção de vantagem econômica.
Além disso, a publicidade atua de maneira massiva nas comunidades de menor poder aquisitivo, onde os preços baixos aliados ao forte apelo comercial tornam os ultraprocessados quase inevitáveis. Assim, a propaganda não apenas informa sobre a existência de um produto, mas molda comportamentos, valores e hábitos alimentares que se consolidam ao longo da vida.
Nova rotulagem nutricional e políticas públicas
O rótulo é a principal ferramenta de comunicação entre a indústria de alimentos e o consumidor. Ele contém informações sobre ingredientes, valores nutricionais, porções e orientações que permitem ao indivíduo compreender o que está consumindo. Sua função é, portanto, informar e garantir transparência, auxiliando escolhas alimentares mais conscientes. Antes da implementação da nova rotulagem nutricional no Brasil, os rótulos eram muitas vezes confusos e de difícil interpretação, especialmente para pessoas com menor nível de escolaridade. A informação sobre açúcares adicionados, por exemplo, não era obrigatória, e os dados nutricionais ficavam restritos a tabelas técnicas que exigiam conhecimento prévio para serem entendidas (BRASIL, 2014). Com a atualização das normas, adotou-se a rotulagem nutricional frontal, que destaca de forma clara e visual quando o produto contém excesso de açúcares adicionados, sódio ou gorduras saturadas. Essa mudança tem como objetivo facilitar a leitura e permitir que o consumidor identifique rapidamente produtos que oferecem riscos à saúde, estimulando escolhas mais adequadas (CONTRERAS-MANZANO et al., 2022).
O Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2014), elaborado pelo Ministério da Saúde com apoio de especialistas em nutrição e saúde pública, tem como objetivo oferecer diretrizes alimentares para a população brasileira, servindo como instrumento educativo e de orientação prática para escolhas mais saudáveis, valorizando alimentos in natura e minimamente processados, e alertando sobre os riscos associados aos ultraprocessados. No entanto, mesmo com esses avanços, a força da publicidade e do marketing ainda atua como barreira, especialmente entre crianças e adolescentes, como apontam Santos (2021) e Delfino et al. (2020).
Programas e iniciativas sociais
Diante da força do marketing e da publicidade de ultraprocessados, programas institucionais também cumprem papel relevante. A Lei Municipal nº 1662/2019, do Rio de Janeiro, criou a Política Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional, fortalecendo ações voltadas ao direito humano à alimentação adequada e incluindo a proibição da venda de ultraprocessados nas escolas como medida de proteção à saúde das crianças e adolescentes. Já o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) garante refeições diárias a milhões de estudantes, priorizando a compra de alimentos da agricultura familiar e incluindo diretrizes para limitar a oferta de ultraprocessados (BRASIL, 2014).
Além dos programas públicos, também se destacam iniciativas sociais ligadas a movimentos populares. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem papel central na produção e distribuição de alimentos saudáveis, organizando feiras e redes de abastecimento solidário (MST, 2025). A academia também realiza iniciativas nesse sentido, através de atividades de extensão, como o Projeto Convivium, uma parceria entre os cursos de Gastronomia e Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que atua na valorização da agricultura familiar e da culinária local, promovendo educação alimentar e aproximando produtores e consumidores (CONVIVIUM GASTRONOMIA UFRJ, 2025). Outro exemplo é o Armazém do Campo, localizado no bairro da Lapa, Rio de Janeiro, que é uma rede de comercialização de produtos da Reforma Agrária Popular, vendidos pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os produtos são oriundos de assentamentos e pequenos agricultores, visando oferecer alimentos saudáveis e orgânicos a preços justos, fortalecendo a soberania alimentar e oferecendo alternativas ao consumo de ultraprocessados (ARMAZÉM DO CAMPO, 2025).
Portanto, diante do cenário de desigualdade e da forte influência da publicidade, tanto as iniciativas sociais quanto os programas públicos representam caminhos concretos para a construção de um modelo alimentar mais saudável, sustentável e enraizado na realidade social das favelas. Essas ações buscam valorizar a alimentação saudável e fortalecer a autonomia alimentar da população.
O que podemos entender sobre isso?
A análise das informações levantadas, evidencia que a publicidade exerce papel determinante na consolidação de hábitos alimentares baseados no consumo de ultraprocessados. Desde cedo, crianças e adolescentes são expostos a estratégias de marketing que criam vínculos emocionais com produtos de baixo valor nutricional, perpetuando padrões que se estendem pela vida adulta. Esse cenário, aliado à vulnerabilidade social presente nas favelas e em outros territórios populares, agrava desigualdades em saúde e aumenta a incidência de doenças crônicas não transmissíveis.
Medidas regulatórias, como a nova rotulagem nutricional frontal, o Guia Alimentar para a População Brasileira, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a Lei Municipal nº 1662/2019, que inclui a proibição da venda de ultraprocessados nas escolas, representam avanços significativos. Contudo, tais instrumentos ainda enfrentam desafios diante da força da publicidade e da mídia, o que reforça a necessidade de políticas públicas mais abrangentes, como restrições à publicidade infantil, incentivo à agricultura familiar e programas de educação alimentar em escolas e comunidades.
Além disso, iniciativas sociais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Convivium Gastronomia UFRJ e o Armazém do Campo mostram que a resistência em diversas organizações é possível e necessária. Essas ações demonstram a capacidade que a sociedade tem de mobilizar alternativas concretas, fortalecendo a soberania alimentar e aproximando consumidores de alimentos mais saudáveis e sustentáveis.
É importante destacar que, segundo dados da ONU (2020-2022), cerca de 70,3 milhões de brasileiros vivem em algum grau de insegurança alimentar, o que evidencia que as escolhas alimentares não podem ser vistas apenas como decisões individuais, mas estão profundamente condicionadas a fatores sociais e econômicos.
Assim, torna-se essencial investir em políticas que reduzam as desigualdades sociais e aumentem o poder aquisitivo das populações que vivem em insegurança alimentar, de modo a possibilitar escolhas alimentares mais saudáveis e acessíveis. Portanto, o enfrentamento desse problema exige uma combinação de políticas públicas consistentes, educação alimentar e nutricional crítica, iniciativas comunitárias enraizadas nas realidades locais e o protagonismo da sociedade civil. Reconhecer a influência da publicidade e confrontá-la com ações coletivas é um passo fundamental para fortalecer a autonomia alimentar da população e garantir o direito humano à alimentação adequada.
Referências:
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